Por que o spam é ruim para o seu negócio?

Spam é ruim, mas não é crime no Brasil. Eu sei, essa informação pode ser um pouco chocante. Falamos tão mal de spam que é até estranho pensar que qualquer um pode sair impune dessa prática. Mas apesar de não trazer problemas legais, spam traz consequências bem ruins.

Antes de mais nada, vamos definir o que é SPAM em uma frase: Qualquer mensagem enviada sem o consentimento do destinatário. Simples né? Veja que essa definição inclui mensagens SMS, mensagens em mídias sociais, comentários em blogs, Instant Messengers (como o Skype, por exemplo), por mensagens dentro de jogos e ambientes digitais, fóruns e, é claro, E-mail. Então, por que spam é ruim?

Regulamentando o spam no Brasll.

Já rolaram algumas tentativas de regulamentar a prática e punir quem estivesse desrespeitando, mas até hoje isso não foi pra frente. Todo mundo que já foi punido legalmente quando enviou SPAM não foi punido pelo envio em si. O processo se deu por algum outro ato criminoso cometido ao mesmo tempo, como por exemplo, envio de e-mails em nome de outra pessoa ou empresa, envio de vírus ou hack de sistemas.

Existe inclusive uma discussão alegando que classificar o Spam como crime “não guarda proporção com o desconforto que ele causa”. Ou seja, apesar dessas mensagens serem chatas, elas não colocam em risco o sistema social e nem violam nenhum direito social do cidadão. Mas bem, vamos deixar essa discussão para quem entende dessas leis.

Spam é ruim para o seu negócio sim.

O que nós precisamos saber é que, apesar de não ser um crime, a internet se auto regula e deu seu jeito de punir spammers. E essa punição vem em forma de bloqueio e prejuízo.
Se muitas pessoas – e por “muitas” entenda 0.05% da sua lista – estiverem clicando em “isso é um spam”, suas próximas mensagem provavelmente passarão a ser ignoradas. E todo aquele trabalhão para criar uma campanha vai por água a baixo.
Então a chave do sucesso é conseguir o consentimento da sua lista. E como você consegue o consentimento? Por meio de verificações de entrada na lista (opt-in), deixando claro qual será seu conteúdo e entregando o prometido. Como a auto regulação da internet é quem manda, o fato de você ter ou não consentimento ou autorização é bastante subjetivo. Quem vai decidir se você tem ou não o direito de enviar a mensagem é o seu leitor.

Outras dúvidas sobre spam.

Então, digamos que você tenha uma lista de pessoas que já fizeram negócio com a sua empresa, se você enviar uma campanha para eles, estaria enviando spam? Em termos teóricos, não. Isso não é spam. Quando já existe uma relação comercial entre remetente e destinatário não é necessária a permissão explícita por parte do destinatário para receber e-mails deste remetente. O nome disso é soft-opt-in. Mas em termos práticos, são os leitores que vão decidir se você é ou não spam.

Suas definições de spam foram atualizadas.

E aqui entra uma abordagem mais atual sobre o assunto. Esse ano, duas empresas de marketing digital e e-mail marketing fizeram uma pesquisa sobre como o consumidor está definindo o que é e o que não spam. (você pode baixar o relatório completo aqui.) Eles descobriram que mesmo com permissão, marcas estão sendo consideradas spam porque o e-mail tem algum link que não está funcionando, a frequência é muito alta, ou até mesmo porque a página linkada no e-mail não é responsiva.
Ou seja, além de se preocupar com a permissão prévia do envio, você também precisa se preocupar com o conteúdo e funcionamento das suas mensagens. E ser considerado spammer suja sua reputação frente aos provedores de e-mail, isso faz com que suas próximas mensagens caiam na lixeira, não sejam lidas e o resultado da campanha acaba sendo muito menor do que o esperado.
No final das contas, sempre vale a regra de que sua mensagem deve chegar apenas a quem solicitou, ser relevante, efetiva e gerar valor para o leitor. Assim, você nem precisa se preocupar em não cair na caixa principal.

Aqui pode não ser crime, mas lá fora, mandar spam é ruim sim.

Ainda sobre autorização, em termos gerais, aqui no Brasil, você depende muito mais da boa aceitação do público do que seguir um regulamento, já que ele não existe. Em outros países isso é diferente. Portanto, caso você precise enviar mensagens para clientes fora do Brasil, não deixe de pesquisar as leis desse país.

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