Nova sede da Aldeia abre espaço para universo maker

Em um ambiente cheirando a tinta fresca e com ideias igualmente novas, começou, no último sábado (7), o Make It Big.

O evento, cuja fase de palestras e workshops segue até 14 de novembro, marcou a inauguração da nova sede da Aldeia Coworking. Em pleno sábado à noite, cerca de 100 pessoas assistiram a 10 profissionais que definiram o que significa ser maker: consumidor que subverte o papel tradicional da relação de consumo a partir da ideia de que pessoas comuns podem construir, consertar, modificar e fabricar, de maneira independente e colaborativa, diversos tipos de objetos e utensílios.

5 minutos de inspiração

O time aceitou o desafio de introduzir ao público a atmosfera maker usando a dinâmica metodologia ignite, que restringe a apresentação a 20 slides de 15 segundos, o que totaliza 5 minutos de fala para cada palestrante. Em tradução livre para o português, ignite significa iflamar, incendiar, acender – e foi exatamente isso que os inovadores da noite provocaram no público. O evento teve sabor de negócios, inovação, tecnologia, design e aquitetura, tudo voltado ao empoderamento do consumidor.

Ninguém parte do zero

Desafiado a falar sobre suas paixões no Make it Big, Gregory Carniel, que é formado em publicidade, explicou que, nesse momento, o consumidor se mistura ao produtor. E faz isso de maneira democrática, já que o conteúdo da propriedade intelectual passa a ser aberto, no que é chamado de open source e permite a evolução colaborativa de uma ideia ou projeto.Assim, ninguém mais parte do zero nem repete conquistas já alcançadas: o olhar está sempre voltado para o aperfeiçoamento.

Internet das coisas

A esperada fase em que poderemos controlar o movimento da cortina de casa a partir de um comando no celular, símbolo da chamada Internet das Coisas, foi o tema da apresentação de Cristian Pedroso, diretor e fundador da empresa Hero99. Ele explicou que esse tipo de tecnologia, que está apenas começando a fazer parte da nossa vida, só vai se concretizar com a união dos makers, caminho para a criação coletiva.

Produzindo jogos em 48 horas

Bruno Campagnolo, professor da PUCPR, provou que a cultura maker se aplica também ao mundo dos jogos: contando como funciona o Global Game Jam, ele mostrou que é sim possível inspirar jovens criativos e inovadores a desenvolver suas ideias de games em maratonas de 48 horas em que você não apenas executa suas ideias como também aprende muito com os outros participantes.

O malabares das profissões

Uma surpreendente performance de malabares com bolas de tênis foi a metáfora escolhida por Rafael Santos Ferraz para ilustrar a convergência de conhecimentos e profissões que permeia o movimento maker. Engenheiro que já planejou ser arquiteto e desenvolveu variadas habilidades artísticas, ele mesmo representa a necessidade de promover áreas de encontro entre diferentes disciplinas: somente a livre circulação de saber possibilita a exploração de toda a capacidade produtiva de um maker.

Confira a lista completa dos palestrantes que passaram por aqui hoje:

– Cristian Pedroso: Internet of Things e o futuro
– Gregory Carniel: Revolução maker
– Juliano Monteiro: Fab11: o que nos espera
– Kleber Bastos Gomes Junior: Hacktivismo – Code For Curitiba
– Bruno Campagnolo, professor da PUCPR: Global Game Jam
– Ernesto Bueno: Arquitetura Paramétrica
– William Souza: Garagem Hacker
– Paulo Henrique de Lima Santana: Software Livre
– Rafael Santos Ferraz: Processing (Sincronicidade)
– Maycon Aram: Aram – óculos de madeira

Confira as fotos aqui.

Saiba mais sobre o evento e inscreva-se para participar das demais atividades aqui.

Cecília Tümler, autora deste post, é estudante de jornalismo da PUCPR e está participando da cobertura oficial do evento.

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